quinta-feira, 17 de abril de 2008

Gente - olhem que incríveis estas fotos que mostram a dieta alimentar (e o seu custo em moeda local e em dólar) de uma família média em diferentes países!
Vale uma boa reflexão sobre o que é, de fato, qualidade de vida, capacidade de escolha e o tamanho do impacto da nossa ação cotidiana sobre a sustentabilidade ambiental e social do Planeta e sobre a sustentabilidade da nossa vida e da nossa saúde ( integral - incluindo a econômica).

Germany: The Melander family of BargteheideFood expenditure for one week: 375.39 Euros or $500.07
United States: The Revis family of North Carolina Food expenditure for one week $341.98
Italy: The Manzo family of SicilyFood expenditure for one week: 214.36 Euros or $260.11
Mexico: The Casales fa mily of CuernavacaFood expenditure for one week: 1,862.78 Mexican Pesos or $189.09

Poland: The Sobczynscy family of Konstancin-JeziornaFood expenditure for one week: 582.48 Zlotys or $151.27

Egypt: The Ahmed family of CairoFood expenditure for one week: 387.85 Egyptian Pounds or $68.53


Ecuador: The Ayme family of TingoFood expenditure for one week: $31.55

Bhutan: The Namgay family of Shingkhey VillageFood expenditure for one week: 224.93 ngultrum or $5.03

Chad: The Aboubakar family of Breidjing Camp Food expenditure for one week: 685 CFA Francs or $1.23









terça-feira, 15 de abril de 2008



Uma especial oportunidade de convivência e construção da Cultura de Paz vai acontecer no MASP.

Que tal nos encontrarmos lá?




Fórum Internacional

Cultura de Paz e Pedagogia da Convivência – ação e políticas públicas –

26 de abril de 2008 • MASP - Museu de Arte de São Paulo • das 9h às 18h30

Pela primeira vez na história as gerações mais novas detêm habilidades, competências e conhecimentos que as mais velhas procuram alcançar – às vezes com grande dificuldade. Pela primeira vez também a dinâmica social adquire um caráter horizontal, e as relações não se articulam mais através de papéis predeterminados – cada situação exige uma nova configuração no tabuleiro do poder. Tudo está sendo revisado – oferecendo, provocando e exigindo novas leituras, novas prioridades, novas escolhas e, igualmente, novas incertezas.
Como contextualizar o ensino / aprendizagem em uma realidade tão mutável? Que repertório de valores podem integrar o sentir, o pensar e o agir? Como aliar liberdade crescente com interdependência urgente? Qual o papel da escola e da comunidade na orientação de significados que acolham as múltiplas dimensões do ser, suas aspirações e potencial criativo? E como as políticas públicas podem promover valores e ações para gerar alternativas de convivência?
Neste Fórum contaremos com as contribuições dos mais destacados pedagogos da atualidade e, igualmente, personalidades comprometidas com o desenvolvimento da Cultura de Paz em todos os setores da sociedade, nos quatro cantos do mundo. Oportunidade singular de conferir avanços, descobrir espaços de convergência e valorização do exercício democrático pois, nas palavras de Nilson José Machado “A educação sempre será motivada pelo que é possível imaginar e não apenas pelo que é possível imaginar como possível; nunca poderá resumir-se apenas a utopias, mas jamais poderá prescindir delas”.

9h30 – 10h30Abertura a cargo da DRA. MARLOVA J. NOLETOCoordenadora do Departamento de Ciências Humanas e Sociais da UNESCO Brasil. PALESTRA MAGNA com o PROF. DR. UBIRATAN D’AMBRÓSIO

UBIRATAN D’AMBRÓSIO, professor Emérito da Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP e atualmente professor do Programa de Pós-Graduação em História da Ciência, da PUC-SP; professor Credenciado nos Programas de Pós-graduação do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da UNESP/Rio Claro e da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Membro do Conselho da Pugwash Conferences on Science and World Affairs. É, acima de tudo, um historiador e filósofo da Educação, criador da Etnomatemática, que conferiu às culturas tradicionais não-européias um valor e uma respeitabilidade nunca antes reconhecidos.
Moderadora: Lia Diskin – Co-fundadora da Associação Palas Athena

11h – 12h30 - Mesa 1CULTIVAR A PAZ E EDUCAR PARA A CONVIVÊNCIAPROF. DR. DAVID ADAMS

“Na UNESCO, ao preparar o Ano Internacional da Cultura de Paz, esboçamos uma resolução que fazia a distinção entre cultura de guerra e cultura de paz. Desde então, venho trabalhando numa estratégia que nos leve da cultura da guerra, que reina nas sociedades humanas desde a pré-história, para uma cultura de paz. Depois de extensa análise antropológica, histórica e política, percebi que a cultura da guerra é monopolizada pela nação-Estado, não apenas para conquistas externas, mas, principalmente, para manter controle político interno. Uma vez que os sistemas estatais entram periodicamente em colapso, numa conjuntura desse tipo, e com o devido preparo, será possível substituir o sistema global de Estados por um sistema democrático global baseado em autoridades locais a nível regional. Esta mudança poderá lançar as bases de uma transição para uma cultura de paz. Se Johan Galtung está correto ao dizer que o próximo colapso virá por volta do ano 2020, não temos muito tempo para os preparativos.”

DAVID ADAMS, especialista em mecanismos cerebrais do comportamento de agressão, cultura de paz e psicologia para pacifistas. Professor da Yale University e Wesleyan University. Na UNESCO, como diretor da Unidade para o Ano Internacional da Cultura de Paz, que deu origem à Década da Cultura de Paz e Não-violência para as Crianças do Mundo, preparou a minuta da Declaração e Programa de Ação sobre Cultura de Paz para a ONU (1999). Foi signatário da Declaração de Sevilha sobre a Violência e seu principal divulgador internacional.

PROF. DR. XESÚS R. JARES

A cultura de paz exige uma pedagogia da convivência e vice-versa. Não é possível construir uma cultura de paz sem os procedimentos e valores de uma pedagogia para a convivência. Nem é possível desenvolver tal pedagogia sem os valores, objetivos e conceitos da cultura de paz. As duas dimensões se fundam nos conceitos de dignidade, igualdade, justiça social e liberdade que caracterizam os direitos humanos. Como afirmamos em nosso livro Pedagogia da Convivência (São Paulo, Palas Athena, 2008): “Toda relação humana traz consigo certo modelo de convivência que pressupõe determinados valores, formas de organização, sistemas de relacionamento, metodologias para enfrentar conflitos, formas lingüísticas, modos de expressar os sentimentos, expectativas sociais e educativas, maneiras de exercer o cuidado etc.”. Esses valores e formas de organização e de enfrentar conflitos devem ser coerentes com os valores da cultura de paz, democracia e direitos humanos. No entanto, uns e outros estão gravemente ameaçados ou impossibilitados, de acordo com a região geográfica e a época em que vivem, e pelas consequências da globalização neoliberal. Esta tem por premissa submeter todas as relações humanas ao triunfo do mercado e traz consigo a subordinação da política e da vida das pessoas a critérios econômicos, que nem sempre coincidem com os interesses da cidadania nem com os critérios do desenvolvimento ecológico. Finalmente abordaremos os requisitos de uma pedagogia da convivência e da paz.

XESÚS R. JARES, é professor catedrático de Didática e Organização Escolar da Universidade de A Coruña, na Espanha. Desde 1983 coordena o Coletivo Educadores pela Paz da Nova Escola Galega e é presidente da Associação Galego-Portuguesa de Educação para a Paz. Autor e coordenador de diversos programas de Educação para a Paz e Convivência. Conferencista internacional e autor de inúmeros livros sobre o assunto, entre eles: Educação para a paz - teoria e prática, Artmed, 2002; Educar para a paz em tempos difíceis, Palas Athena Editora, 2007.
Moderador: Prof. Dr. Carlos Emediato – Coordenador da Rede Global de Educação para a Paz - REDEPAZ

14h - 15h30 - Mesa 2CULTURA DE PAZ E POLÍTICAS PÚBLICAS – DESAFIOS ATUAIS MINISTRO JOSÉ GREGORI
Presidente da Comissão Municipal de Direito Humanos
DR. EDUARDO JORGE MARTINS ALVES SOBRINHO
Secretário do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo
DR. MAURÍLIO MALDONADO
Procurador da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, e neste Fórum representa DR. WALTER FELDMAN, Secretário Municipal de Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo
Moderadora: Maria de Lourdes Ribeiro Gandra – Técnica da Fundação Prefeito Faria Lima / Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal

16h - 17h30 - Mesa 3EDUCAÇÃO PARA A PAZ, CIDADANIA E DEMOCRACIAPROF. DR. MAGNUS HAAVELSRUD

A violência cultural pode ser definida como legitimação da violência estrutural e direta, segundo Johan Galtung. Uma cultura de paz requer práticas pedagógicas e políticas que caminhem em sentido oposto, ou seja, que deslegitimem a violência estrutural e direta. Discutiremos meios e caminhos para lidar com a violência direta e estrutural na educação, tendo em vista o contexto no qual ela acontece. A educação formal, informal e não-formal podem ser transmissoras de cultura de guerra ou cultura de paz dependendo do nível e do tipo de violência presente nas condições em que é praticada.

MAGNUS HAAVELSRUD, é professor de Educação da Norwegian University of Science and Technology em Trondheim, Noruega. Seu foco é o papel reprodutor da educação à luz da sociologia da educação e dos estudos de paz. Participou da criação da Comissão de Educação Para a Paz da International Peace Research Association. Foi presidente do Conselho da Conferência Mundial sobre Educação em 1974. Professor convidado do Conselho Alemão para Pesquisas de Paz e Conflito.

PROFA. DRA. ALICIA CABEZUDO

Serão analisadas as diferentes práticas desenvolvidas a nível local através de políticas públicas latino-americanas de educação para a democracia, cultura de paz e direitos humanos, enfatizando-se o mecanismo através do qual as políticas regionais, nacionais e locais criam condições para que os sistemas educacionais formal, informal e não-formal trabalhem em sinergia, fortalecendo o aprendizado social e construindo educação para a paz sustentável. Veremos exemplos de como as políticas públicas em educação no nível local abriram o caminho para a cultura de paz criando plataformas para mudanças sociais e políticas concretas.

ALICIA CABEZUDO, é professora da Faculdade de Educação da Universidade de Rosario, Argentina, e da cátedra da UNESCO de Cultura de Paz e Direitos Humanos da Universidade de Buenos Aires. É consultora de Educação para a Paz e Direitos Humanos. Foi, até recentemente, diretora da Cidades Educadoras da América Latina (agência de relações internacionais da cidade de Rosario, Argentina), que busca o desenvolvimento da cidadania e democracia e cujo trabalho é realizado junto às prefeituras de inúmeras cidades latino-americanas.
Moderador: Prof. Dr. Pedro Pontual – Coordenador do Instituto Pólis e presidente do CEAAL Consejo de Educación de Adultos de América Latina


17h30 – 18h30 – Mesa 4CENÁRIOS E HORIZONTES PARA A AÇÃO GLOBAL E LOCAL PROFA. DRA. ROSE MARIE INOJOSA E PROF. HAMILTON FARIA

ROSE MARIA INOJOSA, é coordenadora da UMAPAZ – Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz da Secretaria do Verde e Meio Ambiente de São Paulo. Membro da Rede Ação pela Paz e da Rede Gandhi – Saúde Cultura de Paz e Não-violência.HAMILTON FARIA é poeta e professor universitário, coordenador do Instituto Pólis, especialista em Políticas Públicas de Cultura, animador da Rede Mundial de Artistas. Trabalha a Cultura de Paz em redes e fóruns de cultura propondo a criação de Conselhos Municipais de Cultura de Paz e a sua inclusão nas agendas públicas.

Manifestações artísticas:Izabel Lima, atriz e arte-educadora com especialização pela ECA/USP; Diogo Alvim Gonçalves, instrutor de Educação Gaia e da Carta da Terra na UMAPAZ; Jovens do Grajaú, redes sociais que fortalecem a cultura de paz em cenários de violência, e Rede Cultural Beija-Flor, jovens empreendedores atuando na preservação dos riscos sociais de crianças, adolescentes e comunidades por meio da arte, cultura, esportes e desenvolvimento local através de projetos sociosambientais.

ENTRADA FRANCASerão entregues certificados
26 de abril de 2008 • sábado • das 9h às 18h30Auditório do MASP • Museu de Arte de São Paulo Av. Paulista, 1.578 - São Paulo - SP (Estação Trianon-Masp do Metrô)Informações: Palas Athena (11) 3266-6188

Apoios InstitucionaisAssembléia Legislativa do Estado de São Paulo • Comissão Permanente de Direitos Humanos da ALESPCoordenadoria de Programas para Juventude do Governo do Estado de São PauloComissão Municipal de Direitos Humanos • Secretaria Municipal do Trabalho de São PauloInstituto Fernand Braudel de Economia Mundial • Pontão da Cultura de Convivência e Paz / Ministério da CulturaMovimento Artistas pela Natureza • Instituto de Estudos do FuturoRede Paz – Rede Global de Educação para a Paz • Mercado Ético • Instituto Sou da PazRede Gandhi – Saúde, Cultura de Paz e Não-violência • Rede Ação pela PazIVE – Imagens e Vozes de Esperança • Casa das ÁfricasCátedra Gestão de Cidades – Universidade Metodista / UMESP • UNIPAZ – Universidade Internacional da PazFórum Intermunicipal de Cultura – FIC • URI – Iniciativa das Religiões Unidas • A Casa de FranciscosNEF – Núcleo de Estudos do Futuro • Rede Mundial de ArtistasAliança por um Mundo Responsável, Plural e Solidário • Aliança pela Infância • Instituto Zero a SeisAbaçaí Cultura e Arte • Rede Cultural Beija-Flor • IPAZ – Agência Internacional pela PazCarta das Responsabilidades Humanas • ConPaz – Conselho Parlamentar pela Cultura de PazComitê Paulista para a Década da Cultura de Paz

terça-feira, 18 de março de 2008

PEGADA ECOLOGICA

O Dia "D" do Consumo

A cada ano que passa, o consumo da humanidade supera mais rapidamente a capacidade de regeneração do planeta

Em 2007, no dia 6 de outubro, faltando quase três meses para o Reveillon, a humanidade já havia consumido todos os recursos naturais que o planeta seria capaz de repor naquele ano. Como estamos gastando cada vez mais rápido os recursos naturais, esse dia "D" acontece cada vez mais cedo. Em 1987, o ano do primeiro Ecological Debt Day, como é chamado o dia em que a humanidade passa a estar em débito em relação ao meio ambiente, ocorreu no meio de dezembro. Em 1995, ele pulou para o dia 21 de novembro. E no ano passado, chegou à marca histórica de 6 de outubro.
Essa diferença entre o que o planeta é capaz de regenerar e o consumo efetivo das populações humanas provoca um saldo ecológico negativo que vem se acumulando ano após ano, desde a década de 80, e compromete, no longo prazo, a capacidade de sobrevivência da humanidade e de manutenção da vida no planeta como a conhecemos hoje.
O cálculo é feito pela Ong internacional Global Footprint Network, que tem entre seus integrantes o ambientalista e conselheiro do Instituto Akatu, Fábio Feldman e o pesquisador William Rees, da universidade canadense de British Columbia. Ress é co-autor da ferramenta conhecida como Pegada Ecológica, que serve de base para a análise de impacto do consumo apresentada ao mundo pela Ong.
A pegada ecológica permite calcular qual é a área (em hectares) necessária para produzir tudo aquilo que consumimos e, ainda, absorver os resíduos desses processos, em um ano. A conta é feita considerando toda a quantidade de água e de espaço físico necessários para o plantio, pastagem, pesca etc.. Todo esse conjunto é chamado de "biocapacidade" do planeta, ou seja, a habilidade dos sistemas ecológicos de gerar recursos e absorver resíduos em um determinado período.*
Ao calcular o dia em a Pegada Ecológica total da Humanidade é igual à biocapacidade da Terra (ambos medidos em hectares por ano), os pesquisadores identificam em qual data a população da Terra atinge o seu limite de consumo para o período. De modo simples, esse é o dia em que começamos a usar mais recursos ambientais do que a Terra é capaz de renovar, em um ano. A partir desta data, o planeta funciona no vermelho.
JUROSOs "juros" cobrados pela natureza devido ao excesso de consumo já são conhecidos. Eles podem ser percebidos na forma de perda de bens e serviços ambientais - como a manutenção do equilíbrio climático. Modificar o padrão de exploração dos recursos e passar a usar apenas o que a natureza é capaz de produzir é a resposta para saldar a dívida e resolver um problema que se agrava continuamente.
"A humanidade tem várias saídas para mudar esse quadro, mas se permanecermos na inércia a e não fizermos nada, já sabemos que as conseqüências serão gravíssimas", analisa o Prof. Genebaldo Freire Dias, Doutor em Ecologia e autor de diversos livros sobre a Pegada Ecológica. Infelizmente, os dados indicam que as mudanças adotadas até hoje são tímidas para alterar o rumo dessa história. Pelo contrário, os impactos parecem ser cada vez maiores.
Em 1961, quando os cálculos da Pegada Ecológica começaram a ser realizados pela Global Footprint Network, a população humana já usava 70% da capacidade produtiva da Terra. Mas foi em 19 de dezembro de 1987, a primeira vez que consumimos mais recursos do que o planeta era capaz de renovar, em um ano.
Segundo os cálculos da pegada ecológica, feitos pela Global Footprint Network e publicados pelo WWF (World WildLife Fund) no relatório "Living Planet Report 2006", em 2003 a população da Terra já consumia 25% a mais do que os sistemas biológicos poderiam renovar. Hoje, dados da mesma organização apontam um saldo negativo de 30%. Esse excedente de consumo (conhecido como "overshoot" pelos pesquisadores) significa que seriam necessários 1 ano e 110 dias - 475 dias - para que a Terra pudesse ser capaz de produzir novamente o que a população mundial consumiu no período de um ano, ou seja, em 365 dias. E, segundo a Global Footprint Network, o acúmulo desse consumo excedente ao longo dos anos acaba gerando um "déficit ecológico", que compromete a integridade dos sistemas naturais.
Para entender a situação, na prática, imagine uma floresta, onde as árvores são cortadas mais rápido do que as novas mudas podem nascer e se desenvolver. Em algum tempo, o número total de árvores na floresta irá diminuir. Frutos, sombra, raízes etc. que ajudam a manter a qualidade do solo, a temperatura e a disponibilidade da água e alimentos também passarão a existir em menor quantidade, comprometendo a possibilidade da flora e fauna sobreviverem naquele ambiente. O mesmo pode acontecer com outros recursos, como as espécies de peixe comercialmente pescadas, as áreas agriculturáveis etc.
Se um processo semelhante ocorre em diversos locais da Terra continuamente, o que acontece é a diminuição dos recursos existentes no planeta assim como da capacidade da natureza de responder aos impactos e se recompor. Desse modo, é como se alguém gastasse muito mais dinheiro em um ano do que é capaz de ganhar. Com o passar do tempo, sua dívida ficaria tão grande que mesmo que trabalhasse muito e ganhasse mais dinheiro, seria difícil saldar o déficit. O risco é a exaustão da capacidade do sistema de gerar recursos, assim como das forças do trabalhador.
Em termos globais, hoje, precisaríamos de 1,3 planetas Terra para manter os atuais padrões de consumo, sem comprometer a capacidade de renovação da natureza. Naturalmente, o grande problema é que vamos continuar a ter apenas um, enquanto as demandas de consumo e a própria população não param de crescer.
No ano 2000, por exemplo, gastou-se no nosso planeta em compras de produtos ou serviços domésticos, mais de 20 trilhões de dólares, quatro vezes mais do que em 1960, quarenta anos antes. Porém, nesse mesmo período a população da Terra dobrou, o que significa que cada pessoa, em média, passou a consumir duas vezes mais.
Não é possível prever até que ponto a Terra será capaz de resistir aos avanços consumistas da humanidade, diz Brooking Gatewood, gerente da Global Footprint Network, responsável pelos cálculos da Pegada Ecológica da Humanidade. "Nós não temos uma estimativa de quanto tempo levará até um 'colapso ecológico' ou a exaustão da capacidade da Terra de regenerar os recursos. Isso é impossível dizer, mas nós podemos afirmar que nossas analises mostram que, se a humanidade continuar adotando o modelo de desenvolvimento e consumo atuais, nós precisaremos de 2 planetas Terra em 2050, para prover os recursos que demandaremos", afirma Gatewood.
Na realidade, os cenários futuros traçados com base nos números da pegada ecológica mostram que há que se buscar, sem demora, um modo de consumir diferente, que inclua a consciência dos impactos que causamos ao nosso redor, sob pena de transformar a crise ecológica num processo irreversível. "É necessário buscar uma mudança profunda de paradigma para efetivamente solucionar os problemas que estamos vivendo no momento. A compreensão pode vir pelo bolso, pela educação ou pelo sofrimento. Resta saber qual maneira a nossa sociedade vai escolher", analisa o Prof. Freire.
Agindo para solucionar - Mas o que cada um de nós pode fazer individualmente para diminuir a pegada ecológica da humanidade? Em primeiro lugar tomar consciência do problema e procurar saber quais são os impactos do seu estilo de vida - na sociedade, na natureza e sobre si mesmo. Há muita coisa que se pode fazer, partindo do princípio de reavaliar o consumo, seja de bens materiais ou de recursos naturais, ao tomar consciência de que dependemos destes para sobreviver. "As pessoas hoje esquecem que existe uma base biológica de sustentação da vida. Principalmente nas grandes cidades, onde o consumo é maior e a distância da natureza é grande. Sem essa base (biológica), não tem carro novo, nem shopping center, nem viagem para o Caribe", desabafa o professor Freire.
O Brasil tem uma pegada ecológica média de 2,1 hectares por habitante por ano, número superior à média mundial sugerida para que atingíssemos um padrão de consumo sustentável hoje, que seria de 1,8 (hectares/hab./ano), mas bastante próxima da média mundial per capta de 2,2.
Você pode descobrir qual é a sua pegada ecológica no The Green Initiative. Vale a pena fazer uma visita, descobrir como anda o seu ritmo de consumo dos recursos naturais e ver se não está na hora de repensar os hábitos. Para ajudá-lo nessa missão, o Akatu confeccionou os 12 Princípios do Consumidor Consciente que estão disponíveis na home-page do Akatu na seção de Publicações/Manuais Práticos de Consumo Consciente.
SAIBA MAIS SOBRE A PEGADA ECOLÓGICA E MOBILIZE-SEA Global Footprint Network e seus 85 parceiros internacionais realizam todos os anos uma campanha internacional de mídia para divulgar o Ecological Debt Day e a Earth Day Network organiza em abril a comemoração do Dia da Terra, em todo mundo.
Quem quiser participar das campanhas internacionais pode acessar o www.footprintnetwork.org ou www.earthday.net.
O relatório do WWF "Living Planet Report 2006", que reúne informações gerais sobre a Pegada ecológica e os dados citados nessa reportagem pode ser encontrado na Global Footprint Network.
* O conceito foi desenvolvido pelos pesquisadores Mathis Wackernagel e Willian Hees e pode ser aplicado tanto para medir o impacto de um indivíduo de uma nação, ou até mesmo de toda a população humana sobre o planeta.
população humana sobre o planeta.

domingo, 2 de março de 2008

Veja os vídeos

Viva Bem no Mundo . Vale dar uma olhadinha nos 4 vídeos da direita.

Mundo de Lixo!

A Revista Isto é da semana passada está muito interessante! Muitoss pontos podem nos ajudar a refletir!!



Começando pelas capa, ou melhor capas . Você repararam?

Fora a capa normal da revista víamos na contracapa uma falsa capa, ou melhor um material publicitário que simulava uma capa e na sequencia uma matéria ( publicitária) que simulava um fórum entre donas de casa (reais ou modelos?) . De qualquer forma as declarações no fórum não são reais na medida que estava destacado que o material é publicitário.

Pergunta: este material corresponde a uma propaganda enganosa? Você sabiam que pesquisas recentes ( Ethos/ Akatu) sobre o comportamento do consumidor mostrou que o que o consumidor mais rejeita em uma empresa e faz com que ele fale mal dessa empresa é a propaganda enganosa? Mas será que a população tem clareza do que é uma propaganda enganosa?



Outro destaque que faz refletir é a matéria sobre o lixo no Pacífico. O oceanógrafo americano Charles Moore encontrou algo trágico: um gigantesco depósito de lixo em pleno mar. “Fiquei impressionado, de repente estava no meio daquilo. Para onde eu olhava, via lixo”, diz ele. O ativista ecológico Marcus Eriksen, relata a impressão que teve quando viu pela primeira vez a imensa lixeira: "Parece uma ilha de lixo plástico sobre a qual se pode andar. É uma sopa de plástico, uma coisa sem fim que ocupa uma área que pode corresponder a até duas vezes o tamanho dos EUA."
De acordo com o Programa Ambiental da ONU, detritos de plástico constituem 90% de todo o lixo flutuante nos oceanos. Estima-se que 46 mil peças de plástico provoquem anualmente a morte de mais de um milhão de aves e de outros 100 mil mamíferos marinhos. Seringas, isqueiros e escovas já foram encontrados no estômago desses animais depois de mortos.
A gravidade do problema soou como um alarme aos ouvidos de especialistas de todo o mundo. O oceanógrafo David Karl, da Universidade do Havaí, pretende coordenar uma expedição para estudar o problema ainda este ano, pois acredita que esse lixo no Pacífico já formou um novo habitat marinho. Tão cedo, porém, essa situação não será resolvida. A área, conhecida como "giro Pacífico norte", é um local onde o oceano é calmo devido aos poucos ventos e aos sistemas de pressão extremamente altos.
Os pesquisadores contabilizam que um quinto dos resíduos foi jogado de navios ou plataformas petrolíferas, e inclui itens como bolas de futebol, caiaques, sacolas plásticas e restos de naufrágios. O restante veio da terra. No mar, esse lixo flutuante acabou se agrupando por influência das correntes marítimas.
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/1997/artigo71923-1.htm

VOCÊS VIRAM - EXISTEM MUITOS LIXOS NESTE VASTO MUNDO E TODOS PODEM NOS AJUDAR A REFLETIR!
E AGIR!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Fim de semana feliz!

O mundo do Viva Bem se enriqueceu muito neste final de semana!



Depois da apresentação super proveitosa no Campus Party onde (re)conheci vários amigos e amigas - caso da Paula http://rastrodecarbono.blogspot.com/ (que diga-se de passagem está com um super comentário muiiiiito bom sobre a polêmica Ascher x Antunes articulistas da Folha de São Paulo - vale a pena acompanhar!) veio a sexta feira e o sábado e com eles o início de varios cursos do Viva Bem na UMAPAZ no Ibirapuera.



E foi uma delícia! De novo - reconheci parceiros e iniciamos uma caminhada que deve durar até o final do ano! Dentre os destaques quero já divulgar o trabalho do Gabriel que além de sintonizado com as sérias questões de sustentabilidade e de ter um lindo e sensivel blog -http://www.serterra.blogspot.com/ , trabalha com cinema e é músico!

É, de fato, a cara do Viva Bem! Resume bem o Viva Bem no Mundo que Você Tem - porque cuidar da vida é uma arte!

Quem quiser conferir olha a dica - Riviera Moema Bar - nesta sexta 22 de fevereiro - eu já me apaixonei pelo som.

http://www.repzion.blogspot.com/ e http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/republicazion/



E para quem quiser conhecer o Viva Bem ao vivo - fique a vontade - UMAPAZ no Ibirapuera - portal 7A da Quarto Centenário - sexta 29/02 pela manhã (temos vagas). A turma da tarde está lotada, mas a da sexta á noite (29) e sábado (01) ainda cabe quem quiser colaborar e conspirar por um amanhã ( e tb um hoje, claro) de mais qualidade, justiça, saude, ética e beleza. É gratuito e lotado de gente linda!!!!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Benvindos ao Viva Bem!

Benvindos ao Viva Bem no Mundo que Você Tem!

Amanhã estaremos no Campus Party Brasil com a apresentação do tema -

Sustentabilidade e Minimização de Resíduos: passaporte responsável para os novos tempos!
Sinopse - Não há mais espaço para uma sociedade incapaz de assumir suas responsabilidades quanto à minimização dos desperdícios e que não realize a gestão adequada dos resíduos que gera. Maluh Barciotte - Coordenadora Geral do Programa Viva Bem no Mundo que Você Tem!
14/02/2008 - 16h

O importante neste caso é perceber que a geração e o descaso com os nossos lixos (de vários tipos, inclusive os sociais! ) tem a ver com a interrupção de ciclos naturais, com a pouca eficiência do nosso modelo de produção, com a falta de políticas públicas (federais, estaduais e não só municipais), com o nosso padrão insustentável de consumo e com a nossa falta de responsabilidade pessoal.

Quem ainda está naquela de que - O Lixo é um Luxo!!! e de que lixeiras coloridas e campanhas de marketing tendo o lixo com o tema são o máximo, com certeza está no lugar errado!!!

O Viva Bem! veio para aprofundar a questão da sustentabilidade e para construir oportunidades e alianças, sérias, consequentes e produtivas envolvendo não só o tema lixo mas temas que vão de aquecimento global/mudanças climáticas a protagonismo social/cultura de paz, passando pelo cuidado com a água, saúde e alimentacão e chegando até o uso sustentável do dinheiro e a discussão do consumo responsável!

Junte-se a nós!!! e para quem quiser ver o que pode ser feito no dia a dia para minimizar o problema do lixo é só acessar Viva Bem no Mundo e dar uma olhadinha nos 4 vídeos da direita.

Maluh Barciotte